Como a Capoeira me Transforma – Desejo em Aprender, mesmo Com Meus Muitos Erros
Esta arte me encanta. Eu não posso mais sair. Aprendi a capoeira que vem dos nossos ancestrais.
(Início da música Essa Arte).
Em 2004, me mudei de volta pro Brasil, e comecei a treinar com o querido mestre Brasilia, lá na academia dele na Pedroso de Morais, em Pinheiros.
Tempos muito bons!
Foi lá no espaço do mestre, na capital paulistana, que ouvi pela primeira vez a música – Essa Arte, que creio ser de autoria de mestre Barrão. Estava chegando do exterior, onde havia começado a treinar a Capoeira.
Era tão bom estar finalmente no Brasil, e cantar em português com meus compatriotas.
Talvez por ser meu idioma, me sentia mal em cantar ‘nossos ancestrais.’ Supunha que alguém com a minha aparência asiática, deveria se calar quando se falava da ancestralidade dentro da Capoeira.
Durante a década seguinte, continuei praticando Capoeira no Brazil e em outras partes do mundo.
Vinte anos estudando e praticando essa forma de arte e expressão, a qual tanto amo, não foram suficientes para melhorar as minhas bananeiras (paradas de mão ou posições invertidas).
Por outro lado, agora é mais fácil cantar ‘nossos ancestrais’ porque, quando deixei de lado o medo de ser julgada, ou de ofender alguém, e abri meu coração para me envolver e aprender dentro da Capoeira, pude enxergar a nossa ancestralidade comum.
Sou imensamente grata a cada um dos meus mestres, e a cada capoeirista que passou ou segue em minha vida. Obrigada!